Cotidiano
Reuniões entre aldeias de Manoel Ribas e Pitanga não chegam a acordo e mais de 200 indígenas seguem desabrigados
As aldeias Kaingang de Manoel Ribas e Pitanga que brigaram entre si não chegaram a um acordo e mais de 200 indígenas seguem desabrigados.
O conflito aconteceu na madrugada desse sábado (8). Pelo menos sete vítimas tiveram ferimentos graves e 60 casas foram queimadas.
Foram 242 indígenas, entre eles 35 crianças, que precisaram ser abrigados em uma escola do campo em Pitanga após o conflito entre as aldeias.
O vice-presidente do Conselho Estadual dos Povos Indígenas, cacique Miguel Alves, intermediou as duas reuniões que aconteceram nesse terça-feira (7). Uma delas foi feita pela manhã na aldeia Ivaí, e outra conduzida à tarde na aldeia Serrinha e contou com a presença dos prefeito de Manoel Ribas e Pitanga e de outras autoridades.
Nenhuma delas cedeu, segundo ele, o que significa que os indígenas da Ivaí não concordam que a comunidade da Serrinha continue vivendo nas terras em que estava. Por outro lado, os indígenas da Serrinha não pretendem sair do local.
Conforme o cacique, após a tentativa falha de um acordo entre as aldeias, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) está a caminho de Guarapuava, que fica a cerca de uma hora de Pitanga, para tentar conversar com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF).
A ideia é decidir os próximos passos para mediação e o destino das famílias desabrigadas, uma vez que os indígenas estão no Colégio Estadual do Campo São João da Colina, que deve iniciar o ano letivo em 5 de fevereiro.
Texto: reprodução/g1, com edição NH Notícias
Foto: reprodução
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