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PRF verifica aumento no número de mortes entre crianças no Paraná

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou um levantamento de dados de acidentes de trânsito envolvendo crianças menores de sete anos e meio nas rodovias federais do Paraná.

 

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o uso de dispositivos de retenção pode reduzir o número das mortes de crianças em 60%. Apesar da causalidade das lesões e mortes no trânsito ser complexa e múltipla, os equipamentos são reconhecidos como uma intervenção importante para diminuir a possibilidade de ferimentos graves em crianças.

 

O levantamento da PRF no Paraná aponta que, apesar do número de mortes de crianças menores 7,5 anos ter caído 15% entre 2017 e 2022 nas rodovias federais do estado, em 2022, onze crianças nessa faixa etária morreram em ocorrências registradas pela PRF. Houve um aumento significativo em relação ao ano anterior (2021), quando apenas quatro óbitos foram registrados.

 

Entre as mortes no ano passado, nove eram ocupantes de veículos em que uso do dispositivo de retenção é obrigatório. Quatro destas, não utilizavam nenhum tipo de dispositivo de retenção e outras três, utilizavam incorretamente. Apenas duas crianças morreram no local do acidente, apesar do uso correto do dispositivo.

 

Em 2021, de acordo com dados do Datasus, 285 crianças entre zero e quatro anos morreram em acidentes de trânsito no País, 24 óbitos foram no Paraná. Segundo a PRF, pelo menos quatro dessas fatalidades ocorreram nas rodovias federais do Estado.

 

Além disso, dados de ocorrências da PRF nas rodovias federais do Paraná, apontam que entre 2017 e 2021 mais de 76% das crianças de até quatro anos utilizavam corretamente o dispositivo de retenção, cerca de 11% não utilizavam e mais de 12% faziam o uso incorreto do equipamento. A faixa etária (0 a 4 anos) foi analisada devido às crianças acima de quatro anos utilizarem o assento elevado com o cinto do veículo, tendo eficácia equivalente a adultos.

 

No levantamento, semelhante ao apontado em outros estudos, a cadeirinha foi eficaz em prevenir 62% das mortes, quando utilizada corretamente. Entre as que morreram no local ou ficaram gravemente feridas, 21% não usavam a cadeirinha, 30% usavam incorretamente e 49% usavam o dispositivo corretamente. Muitas dessas tragédias poderiam ser evitadas, considerando que 87% dos menores de quatro anos, que saíram ilesos, utilizavam corretamente o equipamento. 

 

Atenta à segurança das crianças, a PRF realiza diversas ações educativas e fiscalizações sobre o tema, regularmente. Só em 2022, nas rodovias federais paranaenses, a PRF autuou 2.251 motoristas pela falta ou uso em desacordo dos dispositivos de retenção pelas crianças.

 

O uso correto dos dispositivos de retenção se mostra capaz de diminuir o número de fatalidades envolvendo crianças no trânsito. Apesar das diversas dificuldades enfrentadas pelas famílias a partir da chegada do novo membro, a instalação correta nos veículos e o ajuste correto do cinto na criança devem ser uma prioridade no dia-dia.

 

Texto e foto: reprodução/PRF

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