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Policiais flagrados agredindo homem em Pitanga viram réus por lesão corporal

A Justiça Militar Estadual aceitou nessa segunda-feira (22) a denúncia contra dois policiais militares envolvidos na agressão a um homem em situação de rua em Pitanga, na região central do Paraná.

 

Eles viraram réus por lesão corporal leve, agravada por abuso de poder e pelo fato de que estavam em serviço. O caso aconteceu em agosto de 2023, no estacionamento de um supermercado da cidade, e foi filmado.

 

As imagens mostram que o homem, identificado como Derinaldo Carraro dos Santos, cai levar um tapa na cara de um dos policiais. O agente, com a ajuda de outro policial, arrasta a vítima para fora e acessa a rua do estabelecimento.

 

Na cena, também havia uma terceira policial, que não interveio na situação. O MP-PR arquivou o processo contra ela, porque considerou que não havia provas suficientes que indicassem a participação da policial.

 

De acordo com a denúncia, um deles está lotado em Apucarana e outro em Guarapuava. A PM-PR afirmou nessa terça-feira (23) que não vai se manifestar.

 

A defesa da vítima afirma que o homem “se sente protegido com a denúncia do Ministério Público contra os policiais e aguarda que a justiça seja feita, também em caráter pedagógico, evitando que novos ataques gratuitos as pessoas em situação de rua aconteçam”.

 

Os militares envolvidos na situação foram afastados dos serviços operacionais quatro dias depois das agressões. Eles passaram a atuar em serviços administrativos no batalhão da PM em Guarapuava.

 

Na época, a instituição confirmou que, dos três policiais que apareciam nas imagens, dois ainda eram alunos do curso de formação da PM. Até então, o único formado era o que foi gravado dando o tapa no rosto do homem.

 

No Boletim de Ocorrência (B.O), a Polícia Militar disse ter sido acionada pelo fiscal de segurança do supermercado, que denunciou a presença de Derinaldo e outro homem em situação de rua “ingerindo bebida alcoólica, perturbando o trabalho e pedindo dinheiro para clientes”.

 

De acordo com a denúncia, os homens intimidaram os clientes do local com uma faca para “doarem dinheiro”.

 

Conforme o B.O., Derinaldo teria feito “menção de retirar algum objeto da parte direita da cintura, sendo necessário uso de técnica defensiva” no momento da abordagem.

 

Texto: reprodução/g1, com edição NH Notícias
Foto: arquivo NH

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