Agronegócio
Paraná vai ter a primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil

O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nessa sexta-feira (21), em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, do lançamento da pedra fundamental da primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil. A unidade receberá um investimento inicial de US$ 12 milhões (aproximadamente R$ 66 milhões), o que também contempla um centro avançado de pesquisa e desenvolvimento.
O empreendimento foi idealizada pela Nanoventions Brasil, empresa que integra o grupo econômico da Indian Farmers Fertiliser Cooperative (IFFCO), a maior cooperativa agrícola da Índia. Após tratativas com empresários locais, que se tornaram sócios da Nanoventions Brasil, a IFFCO escolheu o Paraná como o seu primeiro destino fora do país asiático em seu plano de expansão internacional.
A produção de nanofertilizantes em solo paranaense deverá reduzir a dependência de insumos que hoje são importados pelos produtores estaduais e do restante do Brasil. A tecnologia desenvolvida pelos indianos após 8 anos de pesquisas e investimentos de US$ 200 milhões também representa um avanço em relação aos fertilizantes tradicionais por serem mais eficientes, o que deverá reduzir custos aos agricultores, o desperdício de insumos e os impactos ambientais.
Em seu discurso, o governador exaltou as semelhanças entre a IFFCO e o Paraná, destacando as boas perspectivas do negócio para o Estado e a empresa. “A IFFCO é uma das maiores cooperativas agrícolas do mundo, enquanto o Paraná é o estado que mais tem cooperativas na América Latina, com 7 das 10 maiores presentes aqui, o que demonstra que o cooperativismo faz parte da nossa essência”, afirmou.
A infraestrutura da fábrica deve ficar pronta em outubro, em um rápido projeto de construção e instalação da linha de produção, cujos equipamentos serão enviados prontos para montagem diretamente da sede da IFFCO na Índia. A capacidade produtiva da fábrica é estimada em 5 milhões de litros de nanofertilizantes por ano, mas a Nanoventions Brasil prevê dobrar esse potencial em apenas cinco anos de operação.
Até 2029, cerca de 150 empregos diretos e 450 indiretos devem ser gerados com a operação, que tem uma receita bruta projetada em R$ 225 milhões anuais a partir do quinto ano de operação.
Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias
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