Cotidiano
Paraná registra recorde de mortes e menor número de nascimentos desde 2003
O Paraná registrou em 2021, segundo ano da pandemia de Covid-19, o maior número de mortes e o menor número de nascimentos de sua história recente. Naquele ano, 112.647 vidas chegaram ao fim no estado, enquanto outras 143.716 tiveram início.
Na comparação com o ano anterior, os dois números tiveram alta de 35,9% e queda de 2,6%, respectivamente. As informações integram as Estatísticas do Registro Civil, divulgadas na semana passada pelo IBGE, que trazem também dados sobre casamentos e divórcios.
A análise, que considera os dados a partir de 2003 (quando houve uma mudança metodológica no indicador), revela que desde o início da série histórica atual houve alta de 91,9% no número de mortes no estado, que passaram de 58.704 para 112.647 no período de 2003 até 2021.
Até antes da pandemia, o recorde de óbitos num ano havia sido anotado em 2019 (75.197). Já no primeiro ano de crise sanitária, foram registrados 82.911 falecimentos – 29.736 falecimentos a menos que em 2021.
O número de nascimentos, por outro lado, atingiu o menor nível da série histórica, com 143.716 nascidos vivos. Antes, da pandemia, o ano com menos nascidos havia sido 2007 (com 151.167).
Entre 2013 e 2017 chegou-se a registrar mais de 160 mil nascidos vivos num ano em quatro ocasiões. Mas o valor já estava em 155.256 em 2019 e caiu para 147.572 no primeiro ano de pandemia.
A pandemia de Covid-19 mexeu muito com a parte demográfica do país. Quando a demografia faz seus estudos, desenvolve projeções baseadas em um cenário mais ou menos estável. Mas o número de nascimentos ficou muito abaixo do que a própria projeção do IBGE indica e o número de óbitos, muito acima”, observa a gerente da pesquisa, Klívia Brayner.
ÓBITOS CRESCEM ENTRE 40 E 59 ANOS
Considerando-se as faixas etárias das pessoas que foram a óbito em 2021 e comparando o número de mortes naquele ano com o ano anterior, percebe-se que o maior aumento na proporção de mortes ocorreu na população adulta, com idade entre 30 e 59 anos.
No primeiro grupo (30 a 39 anos), número de falecimentos cresceu 53,3%, passando de 3.382 num ano para 5.183 no outro. No grupo seguinte (40 a 49 anos), a alta mais expressiva, de 69,6% (passando de 5.394 para 9.149). Já entre a população que tinha de 50a 59 anos, o número de mortes avançou 60,6% (de 10.097 para 16.215).
Texto e foto: reprodução/Bem Paraná, com edição NH Notícias
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