Agronegócio

Paraná elimina mais de 200 mil plantas no Noroeste com doença greening

Em nova etapa de combate à mais grave das doenças dos citros, a força-tarefa contra o greening, ‘Big Citros Umuarama’, inspecionou aproximadamente 180 propriedades e erradicou mais de 200 mil plantas infectadas no Noroeste do Paraná, principal região produtora do Estado.

 

Realizada no início de novembro, a operação contou com 30 servidores da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) e abrangeu os municípios de Altônia, Cruzeiro do Oeste, Maria Helena, Iporã, São Jorge do Patrocínio, Perobal, Cafezal do Sul e Umuarama.

 

A força-tarefa atuou em duas frentes: o cadastro de novas áreas de produção e a investigação de denúncias de plantas cítricas doentes. A força-tarefa fomentou o trabalho de conscientização, fiscalização e reforço nas medidas de prevenção e controle do greening na região noroeste.

 

A operação resultou na erradicação de cerca de 220 mil plantas cítricas infectadas em 22 propriedades, com o apoio de equipes do setor produtivo de acordo com dados do Departamento de Sanidade Vegetal (DESV) da Adapar.

 

Segundo o departamento, a erradicação dessas plantas hospedeiras de greening, em áreas vizinhas ao setor produtivo é de grande importância. “Essas plantas estão infectadas com a doença e são fonte de inóculo constante da bactéria e do vetor, o chamado ‘psilídio’ dos citros, dificultando muito o controle dentro dos pomares”, explica Renato Blood, chefe do Departamento de Sanidade Vegetal da Adapar.

 

Das 89 denúncias de propriedades com sintomas da doença, 8 foram consideradas improcedentes. Entre as denúncias procedentes, 11 produtores foram notificados para apresentar o Plano de Manejo de Controle do HLB, e 35 foram notificados para erradicar as plantas doentes no prazo de 20 dias.

 

Além disso, os dados do departamento apontam a identificação de 117 novas áreas de produção de citros para cadastramento no Sistema de Defesa Sanitária Vegetal (SDSV). Desse total, 104 propriedades já foram cadastradas. Em 9 propriedades, os produtores não estavam presentes no momento da visita, e outras 13 não foram fiscalizadas devido a condições climáticas ou limitações de tempo.

 

Segundo o chefe da divisão de Vigilância e Prevenção de Pragas da Fruticultura da Adapar, Paulo Jorge Pazin Marques, a cooperação com os produtores foi essencial para a eficácia da operação. “É importante salientar que a grande maioria dos produtores fiscalizados nesta operação já havia atendido as exigências da Adapar de eliminação de plantas sintomáticas, o que demonstra o sucesso desta operação”.

 

Para o chefe da divisão de vigilância de pragas na fruticultura, a operação reforça o avanço eficaz e com responsabilidade da citricultura na região. “Essa operação propiciará um desenvolvimento seguro e sustentável da citricultura em todo Norte e Noroeste do Paraná” reforça Marques.

 

Nos próximos meses, a Adapar retorna estes locais inspecionados para garantir que as medidas foram aplicadas nestas propriedades.

 

Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias

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