Região

Paraná é o 6º estado com maior número de vítimas de golpes do pix

A cada 10 transações financeiras no país neste ano, nove foram feitas por canais digitais, sendo que 45% delas foram realizadas com Pix – que é um dos principais meios para aplicar golpes.

 

Uma pesquisa recente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontou que os brasileiros perderam R$ 25,5 bilhões em golpes com Pix e boletos falsos nos últimos 12 meses. O Paraná é o sexto estado com maior número de vítimas de golpes do pix, com média de prejuízo R$ 3.300.

 

De 2018 a 2023, houve uma queda dos roubos em ruas e um aumento acelerado dos estelionatos, especialmente os cometidos por meios eletrônicos, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024). Neste panorama de migração do crime, a Silverguard analisou milhares de denúncias de vítimas da Central SOS Golpe para realizar a segunda edição do estudo Golpes com Pix.

 

O estudo Golpes com Pix revela que, entre a classe AB, as perdas são de R$ 6.300; na C, a cifra é de R$ 3.500; e na DE, R$ 1.500. A análise por idade indica que a perda de uma vítima de mais de 60 anos é quatro vezes maior que a de uma entre 18 e 24 anos.

 

Entre os golpes analisados, 79% têm origem em plataformas da Meta, com o WhatsApp liderando, originando, 39% dos casos, seguido pelo Instagram (23%) e Facebook (18%). Os canais variam muito por idade: enquanto o WhatsApp foi o canal inicial de 69% das vítimas com 60 ou mais anos, o Instagram foi o maior canal inicial para vítimas menores de 18 anos.

 

Em relação à renda, o Facebook é o canal inicial de golpes que apresenta a maior variabilidade, sendo 21% na classe DE e 6% na classe A. Noventa e sete por cento dos golpes com Pix são do tipo APP (authorised push payment fraud), em que o próprio usuário, iludido por uma história muito convincente, acaba transferindo dinheiro diretamente para o fraudador, ou seja, vítima de um golpe de engenharia social.

 

As narrativas, lojas e os produtos são alterados a cada três meses pelos golpistas, mas sempre permanece, por trás da história, uma estratégia-base.

 

Texto e foto: reprodução/Bem Paraná, com edição NH Notícias

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