Região

Operação contra desmatamento no Paraná gera R$ 13,1 milhões

O Instituto Água e Terra (IAT) divulgou nessa quarta-feira (30) o resultado da primeira grande operação de fiscalização contra o desmatamento ilegal da Mata Atlântica no Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de Curitiba. A ação ocorreu entre os dias 20 e 27 de agosto nos municípios de Adrianópolis, Bocaiúva do Sul, Cerro Azul, Doutor Ulysses, Itaperuçu, Rio Branco do Sul e Tunas do Paraná.

 

Foram emitidos 154 Autos de Infração Ambiental (AIA), com aplicação de R$ 13.161.000,00 em multas. A área total embargada foi de 670,62 hectares, o equivalente à área urbana de Ampére, no Sudoeste do Paraná.

 

Adrianópolis, Cerro Azul e Doutor Ulysses concentraram os alertas de desmatamento emitidos pela plataforma MapBiomas. Em Adrianópolis, por exemplo, os fiscais do IAT encontraram uma área de supressão vegetal com 202 hectares, o equivalente a 30% de toda a extensão fiscalizada pelo órgão ambiental na região. Além das punições administrativas e financeiras, há restrições na utilização para atividades econômicas nos pontos embargados, além de os responsáveis serem obrigados a regenerar o espaço com vegetação nativa.

 

A força-tarefa contou com a participação de 23 agentes fiscais de diferentes escritórios do IAT no Estado, em apoio à regional de Curitiba; com profissionais do Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI); além do helicóptero do Batalhão de Operações Aéreas (BMPOA) usado para agilizar o deslocamento a locais mais distantes e de difícil acesso.

 

“O Instituto Água e Terra nunca tinha concentrado um esforço tão grande para combater o desmatamento naquela região do Paraná. Estamos falando de uma área serrana, encravada na Mata Atlântica, de difícil acesso, mas que com o suporte de uma equipe muito competente, conseguimos identificar e multar grandes áreas de crime ambiental. Foi uma operação muito bem-sucedida”, destacou o gerente do escritório regional do IAT de Maringá e coordenador da ação no Vale do Ribeira, Antonio Carlos Cavalheiro Moreto.

 

Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícia

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