Cotidiano

Número de mortos em terremoto passa de 16 mil

As baixas temperaturas na quinta-feira (9) pioraram a situação dos sobreviventes e dificultaram o trabalho desesperado de trabalhadores humanitários na Turquia e na Síria, onde o forte terremoto de segunda-feira matou mais de 16 mil pessoas.

 

As equipes de resgate continuam a encontrar pessoas vivas dos escombros, mas o número de mortos continua aumentando. Até o último balanço oficial, as vítimas somam 16.035 pessoas, 12.873 na Turquia e 3.162 na Síria.

 

Após as primeiras 72 horas após o terremoto de segunda-feira (6), período com maior chance de salvar vidas, teme-se que o número de mortos possa aumentar drasticamente devido ao elevado número de pessoas que se estima estejam presas nos escombros.

 

Passado o choque inicial, torna-se cada vez mais maior o descontentamento da população com a resposta das autoridades à tragédia, que, segundo admitiu o próprio Presidente turco Recep Tayyip Erdogan, teve “deficiências”.

 

Muitos sobreviventes tiveram que procurar comida e abrigo por conta própria. Sem equipes de resgate em várias áreas, alguns assistiram impotentes enquanto seus parentes presos pediam ajuda até que suas vozes falhassem.

 

“Meu sobrinho, minha cunhada e a irmã da minha cunhada estão sob os escombros. Eles estão presos nas ruínas e não há sinais de vida”, disse Semire Coban, professora de jardim de infância na cidade turca de Hatay. “Não conseguimos alcançá-los. Tentamos falar com eles, mas eles não respondem”, acrescentou.

 

EXISTEM DEFICIÊNCIAS

 

Erdogan visitou duas das áreas mais atingidas, a cidade de Kahramanmaras, no epicentro do terremoto, e a região de Hatay, na fronteira com a Síria. “Claro que existem deficiências, é impossível estar preparado para tal catástrofe”, disse ele.

 

Em Bruxelas, a União Europeia está preparando uma conferência de doadores em março para mobilizar ajuda internacional para a Síria e a Turquia.

 

“Estamos correndo contra o relógio para salvar vidas juntos”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “Ninguém deve ser deixado sozinho quando uma tragédia como esta atinge uma cidade”, acrescentou.

 

Texto: reprodução/R7, com edição NH Notícias

Foto: reprodução

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