Agronegócio
Instituto autoriza o abate de 900 jacarés em reserva extrativista
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) autorizou o abate de jacarés da Reserva Extrativista (Resex) Lago do Cuniã, em Porto Velho (RO). A liberação foi divulgada pelo órgão, que é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, na última terça-feira (18).
Em documento, o ICMBio detalha que a liberação é para o abate de, no máximo, 900 jacarés até o fim do ano. O material pontua, ainda, que a ação só pode ser feita com machos de 1,6 a 2,8 metros de duas espécies: o jacaré-açu e jacaré-tinga. Os abates anuais de cada espécie não podem ultrapassar 70% e 30%, respectivamente.
Próxima do Rio Madeira, a Resex Lago do Cuniã foi criada pelo governo federal em 1999. Com 74,6 mil hectares, o espaço tem entre suas atividades, de acordo com o Núcleo de Apoio à População Ribeirinha da Amazônia (Napra), a “produção de farinha, o manejo do pirarucu e do jacaré”.
QUEM VAI ABATER OS JACARÉS?
No documento, o ICMBio destaca que os abates dos jacarés serão de responsabilidade de uma entidade que opera há anos no local, a Cooperativa de Pescadores, Aquicultores, Agricultores e Extrativistas da Resex Lago do Cuniã (CoopCuniã).
A cooperativa será responsável pela regularização ambiental e, além disso, pelo funcionamento do frigorífico já instalado dentro da área da reserva encravada na capital de Rondônia — e que atualmente abriga 50 famílias e cerca de 400 pessoas.
Texto e foto: reprodução/Canal Rural
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