Cotidiano

Detentos de Maringá ganham nova profissão após capacitação em pintura imobiliária

Custodiados de Maringá ganham nova profissão após capacitação em pintura imobiliária

Com foco em preparar os custodiados para que tenham como exercer a cidadania de forma plena quando retornarem ao convívio da sociedade, a Polícia Penal do Paraná (PPPR) ofereceu mais um curso profissionalizante com aulas teóricas e práticas a custodiados do complexo penitenciário de Maringá, no Noroeste.

 

Na quinta-feira (27), 15 detentos da Casa de Custódia de Maringá (CCM) receberam os diplomas do curso de pintor de obra imobiliária.

 

Os cursos de qualificação profissional ofertados no sistema prisional do Paraná têm a parceria da Secretaria estadual da Educação e são ministrados pela W. L. Pires Treinamentos, empresa de formação de mão de obra que mantém contrato com a Secretaria da Segurança Pública.

 

Durante o curso de 180 horas/aula voltadas para a empregabilidade e empreendedorismo, os alunos aprenderam a pintar obras imobiliárias levando em consideração os padrões, normas e procedimentos técnicos de qualidade, de saúde e segurança e de meio ambiente, além de calcular o preço do trabalho.

 

O diretor-geral da Polícia Penal do Paraná, Osvaldo Messias Machado, destaca a importância da capacitação. “Entendemos que quando nós capacitamos nossos internos eles começam a visualizar uma profissão, algo para poder trabalhar, sobreviver e sustentar sua família. E que isso seja feito através de um trabalho digno, com carteira assinada”, enfatiza.

 

O instrutor Sérgio José, do Instituto de Capacitação e Integração Social, com mais de 30 anos de experiência em pintura imobiliária, disse que com essa qualificação os alunos foram levados a experimentar cores, combinando-as com o ambiente, além de diferentes padrões de texturas muitas vezes pedidos em obras imobiliárias.

 

Na parte prática do curso, os custodiados pintaram quatro pátios de visita da CCM, dois pátios de sol, galerias e a estrutura de salas de aula. “Vim para ensinar e acabei aprendendo. Foi surpreendente o empenho dos alunos e a facilidade para aprender”, disse o instrutor, que pela primeira vez ministrou um treinamento a pessoas privadas de liberdade e dentro de um estabelecimento penitenciário.

 

Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias

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