Cotidiano

Acidentes com águas-vivas e caravelas crescem 157,57% nesta temporada no Paraná

O número de acidente com água-viva ou caravelas cresceu 157,57% nesta temporada no litoral do paranaense. Em menos de 10 dias, entre os dias 20 e 28 de dezembro, foram 2040, de acordo com os dados estatísticos de atendimentos diários do Corpo de Bombeiros. Só em dois dias foram 1066 – no sábado, 28, foram registrados 544 casos e na sexta, 27, 522.

 

Esse número representa uma alta de 157,57% sobre o total de atendimentos registrados na primeira quinzena da temporada de Verão de 2023/24. Entre 16 de dezembro de 2023 a 1º de janeiro de 2024, foram 792 registros, segundo as informações daquele ano.

 

Esses animais costumam aparecer no período de Verão por conta do aumento da temperatura da água. E no caso deste ano, a chuva e o vento mexem com as marés favorecendo a aproximação destes animais aquáticos a areia e a área onde há mais banhistas. “O vento empurra as caravelas e a chuva muda as correntes marítimas, o que muda o curso natural”, diz a Capitã Tamires Silva Pereira, porta voz do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná na Operação Verão – Costa Leste.

 

Com isso, o ambiente fica propício à reprodução das águas-vivas, fazendo com que elas venham a aparecer com mais frequência nas praias, principalmente as adultas e maiores.

 

Os acidentes classificados como queimaduras acontecem por conta da liberação de toxinas nocivas para a pele de quem esbarra em um desses animais.

 

A orientação da Capitã Tamires Silva Pereira, porta voz do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná na Operação Verão – Costa Leste é para as pessoas se protejam usando roupas confortáveis e, no caso da crianças, usem roupas apropriadas de modo e cobrir mais o corpo, como as de lycra próprias.

 

Além disso, ao caminhar na areia, os veranistas façam o uso de chinelos e sempre se informem sobre a presença destes animais no mar com os guarda-vidas antes de entrar no mar. No caso de acidente, a recomendação é que o banhista procure o atendimento de um guarda-vida.

 

A lesão pode durar de 30 minutos até 24 horas, dependendo da quantidade de toxina liberada e da área atingida.

 

Tocar na lesão com a própria mão pode piorar a situação do ferimento, bem como, usar água doce, ou seja, de torneira ou água potável. “Se não tiver vinagre próximo, o mais indicado é usar a água do mar mesmo, mas nunca água doce porque pode piorar ainda mais a irritação”, afirmam especialistas da área médica. Vinagre, segundo ela, é o único líquido que deve ser usado para amenizar a queimação na pele. Nos casos de maior gravidade, o veranista deve procurar atendimento médico.

 

Texto e foto: reprodução/Ag. Brasil, com edição NH Notícias

Comentários