Agronegócio
Empresas brasileiras adaptam máquinas agrícolas para vender na Europa

Empresas brasileiras de máquinas e implementos agrícolas parecem ter encontrado uma sólida porta de entrada na Europa: o leste do continente. Durante a Agritechnica 2025, maior feira do setor no mundo, realizada em Hannover, na Alemanha, entre 9 e 15 de novembro, Stara, Vence Tudo e Colombo foram além da presença institucional e expuseram produtos.
Em comum, as três sintetizavam os desafios das mais de 30 marcas nacionais presentes no evento, recorde até então: o atendimento às normas técnicas do Velho Mundo, os entraves logísticos e o estabelecimento de um nome que se faça lembrar em meio ao de gigantes que fornecem para os produtores do norte do globo há mais de um século.
O executivo internacional de vendas da Colombo, Breno Masalskiene, conta que já nos primeiros dias de feira, a empresa conquistou abertura de dois novos mercados: Romênia e Hungria. Assim, a empresa passa a exportar máquinas, como as colhedoras de feijão, responsáveis por 80% das vendas e que são comercializadas a uma média de 60 mil euros, e as de amendoim, a 16 nações europeias.
“Porém, até então, o nosso maior mercado europeu é a Polônia, onde já vendemos mais de 200 colhedoras de feijão em cinco anos. Como faz fronteira, também temos conseguido entrar na Ucrânia, porém, na Itália, França e em Portugal a nossa presença já é mais ativa, com uma forte representatividade. Nosso foco é o de aumentar mais cinco países europeus nos próximos anos”, afirma.
Como adaptação para vender no continente, Masalskiene cita a adesivação de segurança como a mudança mais significativa: cada parte operacional da máquina precisa ter identificação e conter uma lista de possíveis riscos durante o manuseio. “Fora isso temos um freio a ar, o freio europeu, já que para conseguirmos certificar a máquina e vendê-la na Europa, é preciso passar por um teste de freio”, detalha.
Tal teste consiste em engatar a máquina a um trator, movimentá-la a 30 km/h e efeturar uma freada brusca. “Também precisamos ter as placas de segurança na traseira da máquina para que o produtor possa transportá-la na estrada, além de um engate de três pontos. A largura máxima da máquina deve ser de 3,20 metros, valor limite para poder rodar nas rodovias europeias”, completa.
Texto e foto: reprodução/Canal Rural, com edição NH Notícias








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