Cotidiano
Terremoto é registrado no interior do Acre
Um terremoto de magnitude 5,0 foi registrado no município de Tarauacá, no interior do Acre, nessa sexta-feira (11), de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS).
O tremor foi ocorreu por volta das 7h34 (horário do Acre). O epicentro foi localizado a 627,2 quilômetros de profundidade e a 88,5 km da cidade de Tarauacá. Alguns moradores contaram ao g1 que não conseguiram sentir nada.
Ainda de acordo com o USGS, devido à proximidade, o tremor também pode ter sido sentido nas cidades acreanas de Feijó, a 127,6 km e em Cruzeiro do Sul, a 178,8 km.
Segundo o Corpo de Bombeiros de Tarauacá, não há relatos e nem chamados relacionados ao terremoto.
FALHA GENEALÓGICA
O professor e doutor em geografia da Universidade Federal do Acre (Ufac), Waldemir Lima dos Santos, explicou que o município de Tarauacá é o que mais registra terremotos e com grandes magnitudes no estado acreano.
O professor é autor do projeto “Eventos Tectônicos no Acre: Levantamento e caracterização inicial da ocorrência de terremotos”, desenvolvido no laboratório de geomorfologia e sedimentologia da Ufac. O material estuda abalos sísmicos no estado acreana entre 1950 e 2016. Segundo o estudo, entre os anos 2000 a 2016 foram registrados 38 terremotos no Acre com magnitude acima de 5 graus. A maioria na cidade de Tarauacá.
A explicação para esses eventos, conforme o especialista, seria uma possível falha geológica porque o município fica dentro de uma grande depressão. Ele complementa o seguinte:
“A cidade está dentro de uma grande depressão, então, temos lá o Platô de Cruzeiro do Sul, que é parte alta, e depois descemos Tarauacá, Feijó, até Sena Madureira [cidades do interior], onde tem uma grande depressão no estado, que chamamos de depressão Juruá/Iaco. Depois temos uma planície que pega Rio Branco até Acrelândia. É possível que nessa região, como os terremotos ocorreram em linha, se você olhar no mapa vai estar alinhados, pressupõe que haja uma falha geológica naquele município, que corta, inclusive, o Acre ao meio”, frisou.
Texto: reprodução/G1
Foto: reprodução/ilustrativa
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