Segurança

Idosa é encontrada entre fezes e sangue enquanto filho guardava fortuna em casa

Uma idosa de 75 anos, portadora de Alzheimer em estágio avançado, foi resgatada em situação de abandono extremo em um apartamento localizado na Asa Sul, Distrito Federal. O caso, que chocou os agentes envolvidos, revela um cenário de negligência e maus-tratos, apesar da existência de uma expressiva quantia em dinheiro guardada no imóvel.

 

De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), a vítima foi encontrada caminhando desorientada pela rua, com um corte profundo no pé, roupas sujas, unhas grandes e sinais evidentes de abandono. A idosa estava sem acesso a alimentos, medicação ou higiene básica. Ela foi localizada por policiais militares, que prestaram o primeiro socorro. Ao ser informada de que seria encaminhada para receber cuidados, a mulher chorou.

 

No interior do apartamento, os policiais se depararam com condições insalubres: fezes e sangue espalhados pelo chão, forte odor de urina, lixo acumulado e ausência total de alimentos e medicamentos. A geladeira estava vazia, sem qualquer suprimento.

 

Durante a ação, a PCDF encontrou mais de R$ 100 mil em espécie, guardados em envelopes dentro do quarto da vítima. Segundo a investigação, o dinheiro seria parte da herança deixada pela mãe da idosa, falecida em maio deste ano aos 99 anos.

 

O responsável pela idosa, Cláudio de Souza Cavalcante, de 54 anos, foi preso no local. Ele é filho da vítima e já havia sido denunciado anteriormente por maus-tratos contra a própria avó. No momento da prisão, Cláudio demonstrou frieza diante do estado da mãe, limitando-se a perguntar: “Ué, você saiu?”. Ele admitiu que costumava trancar a idosa dentro do apartamento e, mesmo ao notar os ferimentos, optou por não buscar atendimento médico.

 

Cláudio foi autuado por omissão de socorro, abandono, apropriação de proventos de idosa, exposição a perigo e maus-tratos. As acusações têm agravantes por terem ocorrido no contexto de violência doméstica, conforme prevê a Lei Maria da Penha. Caso seja condenado, ele pode cumprir até 13 anos e 6 meses de prisão.

 

O caso segue sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal.

 

Texto e foto: reprodução/CGN, com edição NH Notícias

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