Cotidiano
População do Paraná com obesidade aumenta 22%, diz pesquisa
A população adulta do Paraná diagnosticada com algum grau de obesidade aumentou em 22% até o último mês, revelou uma pesquisa do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan), do Ministério da Saúde.
Pelo levantamento foi possível ver que de 2012 até setembro de 2022, o índice saltou de 24,48% para 35,49%. Em 2012, o Sistema indicou que 38% da população paranaense, entre crianças, adolescentes e adultos, foi constatada com obesidade. Este número aumentou para 60% de pessoas que têm os graus 1 ou 2 ou 3 de obesidade.
O dia 11 de outubro é instituído por lei como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e tem o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade. Os índices da doença são considerados grandes em todo o globo e a tendência é de aumento. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são obesas.
A nutricionista Gisele Farias, do Conselho Regional de Nutricionistas do Paraná, classifica algumas causas para esse aumento:
“Maior oferta de alimentos com alta densidade energética, ou seja, alimentos com muitas calorias em poucas quantidades, ricos em açúcares”.
Além disso, ela avalia que “a população está cada vez mais se exercitando menos, fato que se agravou durante a pandemia da Covid-19”.
Em 2019, por exemplo, o Sisvan apontou que o índice de adolescentes com obesidade era de 13%. Em 2021, durante a pandemia, o número chegou a 18%. “Foi muita ansiedade nessa época e as pessoas buscaram conforto na alimentação”, afirma Gisele.
De acordo com a profissional, a obesidade é uma doença crônica que se relaciona com o desenvolvimento de inúmeras outras doenças crônicas, com maior risco de vida.
Essas doenças podem ser: doenças cardiovasculares, como cardiopatias, hipertensão arterial, aumento da chance de acidente vascular cerebral (AVC), maior risco de diabetes, esteatose hepática, doenças ósseas e articulares.
Ela ainda afirma também que as doenças sociais, como a depressão, também podem ser desenvolvidas.
Texto e foto: reprodução/Ric Mais
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