Agronegócio

Adapar trabalha para monitorar e mitigar casos de raiva no Paraná

Morretes - Criação de gado.
Morretes, 17-01-20.
Foto: Arnaldo Alves / AEN.

A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) trabalha para conter os casos de raiva no Paraná. Segundo dados da divisão de Prevenção e Controle da Raiva e EET do departamento de Saúde Animal (Desa), em 2024, já são 232 casos positivos em 203 focos. O valor superou aos 148 focos registrados em 2023.

 

A raiva é uma doença viral que afeta o sistema nervoso central e não tem cura. É uma zoonose de grande importância em saúde pública devido à sua alta a letalidade de 100% com alto impacto socioeconômico.

 

No enfrentamento à raiva no Paraná, a Adapar trabalha com ações de vigilância e mitigação da doença em áreas com registros de focos. Segundo a divisão de Prevenção e Controle da Raiva da Adapar, em cada caso positivo, um raio de 10 quilômetros é estabelecido ao redor da propriedade afetada para definir o perifoco. Esse mapeamento é realizado com auxílio do Sistema de Geoprocessamento, que identifica todas as propriedades com animais suscetíveis e localiza abrigos de morcegos hematófagos cadastrados.

 

Dentro dessa área delimitada, uma série de ações é colocada em prática. A vigilância ativa busca identificar novos casos suspeitos, com a coleta de material do sistema nervoso central de animais mortos para diagnóstico. Além disso, os técnicos orientam os produtores sobre a vacinação de animais suscetíveis e o uso de pasta vampiricida em casos de ataques por morcegos.

 

CASOS

 

De acordo com a divisão de prevenção e controle da Raiva, a região de Cascavel lidera os registros de casos da doença no Estado, com 105 ocorrências de janeiro até o início de novembro. Em seguida, a região de Laranjeiras do Sul ocupa a segunda posição, com 27 casos. Ponta Grossa, com 19 registros, e União da Vitória, com 17, completam as quatro regiões com maior número de casos.

 

Além disso, foram registrados casos em outras regiões: Dois Vizinhos, com 16; Curitiba, com 14; Guarapuava, com 10; Cornélio Procópio, com 9; Paranavaí, com 6; Umuarama, com 5; e Francisco Beltrão e Jacarezinho, com 2 registros cada.

 

Entre os casos diagnosticados, foram identificados 199 bovinos, 18 equinos, 1 muar, 1 ovino, 6 suínos, 3 morcegos hematófagos e 4 morcegos não hematófagos, distribuídos em 45 municípios dessas regiões.

 

Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias

Comentários