Agronegócio
Raça paranaense Purunã desperta interesse de pecuaristas de diversos estados

O gado de corte Purunã, desenvolvido por pesquisadores do IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater), é um dos destaques da ExpoIngá 2025. Genuinamente paranaense, a raça tem despertado o interesse de pecuaristas de diversos estados, como Mato Grosso, Minas Gerais, Piauí e Acre. Um lote de oito animais selecionados, composto por touros, vacas, novilhas e bezerros, é apresentado ao público visitante da feira.
Resultado de mais de 30 anos de pesquisas conduzidas na Estação de Pesquisa Fazenda Modelo, em Ponta Grossa, Purunã é fruto de cruzamentos entre Caracu, Canchim, Charolês e Angus. O objetivo foi reunir, em um só animal, características produtivas e adaptativas de diferentes raças. “É uma conquista que traduz a competência da nossa pesquisa e o compromisso com o desenvolvimento da pecuária paranaense e brasileira”, destaca o diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza.
A escolha do nome homenageia a Serra do Purunã, que separa o primeiro e o segundo planaltos do Paraná e fica próxima à unidade de pesquisa onde a raça foi desenvolvida.
Durante a exposição, técnicos do IDR-Paraná estão no local para esclarecer dúvidas sobre o manejo e os diferenciais da raça. Segundo o engenheiro-agrônomo Paulo Vicente Contador Zaccheo, gerente de Produtos e Serviços do instituto, a participação na feira busca ampliar o conhecimento sobre a Purunã e estimular sua adoção pelos produtores.
Purunã se destaca por reunir rusticidade, resistência a parasitas, bom rendimento de carcaça e carne de alta qualidade. Caracu e Canchim conferem robustez e adaptação ao clima. Charolês contribui com velocidade de ganho de peso e bom rendimento, e a Angus agrega precocidade, temperamento dócil e carne marmorizada.
As vacas apresentam boa habilidade materna e produção de leite, favorecendo o desempenho dos bezerros. A raça pode ser usada tanto em sistema puro quanto em cruzamentos com vacas Nelore, com foco em terminação.
Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias
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