Cotidiano

Motorista do acidente em Cândido fala sua versão ao NH Notícias

A motorista envolvida no atropelamento, dessa quarta-feira (22), na PR 487, em Cândido de Abreu, enviou ao NH Notícias sua versão de como tudo ocorreu.

 

“Voltando de Curitiba para a nossa cidade (Manoel Ribas), meu namorado voltou na frente com uma camionete que ele havia comprado em Curitiba e eu logo atrás com o carro dele.

 

Quando passamos perto do rio, próximo a Aldeia Indígena de Cândido de Abreu, já estávamos em baixa velocidade, pois vimos que tinha gente, e estamos acostumados a ver pessoas correndo no asfalto ali naquela região.

 

Chegando mais perto, um homem atravessou a rodovia correndo na frente do meu namorado e de uma carreta que ia em direção a Reserva. Quando vi, também já reduzi. Eu estava em menos de 50 km/h e a vítima estava em cima da mureta da ponte se equilibrando.

 

Naquele local é bem fechado de árvores, não tem acostamento, então não é fácil ver, e mesmo se eu a visse, eu não imaginaria que ela pularia na frente do carro.

 

Quando a camionete e o caminhão passaram, a menina pulou de cima da mureta na minha frente, no meio do asfalto, possivelmente ela ia atravessar correndo, pois queria chegar até o outro lado, seguindo o homem que havia cruzado, antes que um carro branco passasse. Porém ela não olhou que logo atrás da camionete estava eu de carro. Então ela pulou na minha frente olhando para a direção do carro que vinha para passar antes dele. Tentei tirar o máximo que pude, mas não foi o suficiente para que não acertasse a menina.

 

Fui até o ponto de ônibus, perto da lombada, e parei, fiquei desesperada, olhei para trás, o carro branco parou e estava a socorrer a indígena. Peguei o celular para ligar para a emergência, porém ali não pegava torre. Olhei para o morro e naquela hora começou a descer vários outras pessoas da aldeia indígena.

 

Eu sozinha ali não teria como ajudar e eu me coloco no lugar da família. Se fosse eu no lugar deles, ficaria muito revoltada comigo pelo ocorrido, mesmo que eu estivesse dentro da velocidade permitida, não tivesse ingerido álcool, eles ficariam muito furiosos comigo, o que realmente me deixou com muito medo.

 

Então, meu primeiro instinto foi chamar socorro, fui até onde pegava área, liguei para minha mãe e ela já acionou a ambulância para ir lá atender o ocorrido.

 

Não tinha como eu ajudar lá, sozinha com todas aquelas pessoas lá, fiquei com muito medo, nunca imaginei que isso aconteceria comigo. Então fui até a delegacia da minha cidade, me apresentei voluntariamente e contei o ocorrido. Foi determinado que eu me apresentasse na Delegacia de Polícia Civil de Cândido de Abreu, pois o local do acidente foi lá. Fiz o teste do bafômetro que deu 0.0, prestei depoimento e fui liberada”, relatou a condutora à nossa redação.

 

Texto: reprodução/assessoria, com edição NH Notícias
Foto: divulgação/PRE

Comentários