Agronegócio

Coamo recebe licença do Estado para instalação de usina de etanol de milho de R$ 1,7 bilhão

Campo Mourão, 14 de maio de 2025 - O governador Carlos Massa Ratinho Junior entrega licença ambiental para instalação da primeira usina de etanol de milho da Coamo e visita o memorial da Cooperativa.

O governador Carlos Massa Ratinho Junior entregou nessa quarta-feira (14) a Licença de Instalação (LI) para a construção da primeira usina de etanol de milho da Coamo Agroindustrial Cooperativa, em Campo Mourão, no Centro-Oeste do Estado. O documento foi emitido pelo Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest).

 

O investimento da Coamo será de R$ 1,7 bilhão, sendo R$ 500 milhões em financiamento aprovado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com recursos do Fundo Clima.

 

A cooperativa recebe anualmente 3 milhões de toneladas de milho, das quais entre 500 mil e 600 mil toneladas serão destinadas à produção de biocombustível. O complexo terá capacidade para processar 1.700 toneladas de milho por dia e produzir 765 mil litros de etanol a cada 24 horas. As operações devem ser iniciadas no segundo semestre de 2026.

 

Além disso, o projeto vai garantir a produção diária de 510 toneladas de farelo para nutrição animal (DDGS) e 34 toneladas de óleo de milho, produtos gerados após a fermentação. O DDGS é um farelo rico em fibras e proteínas, utilizado na alimentação animal, enquanto o óleo de milho pode ser destinado à produção de biodiesel.

 

“Isso prova que o Paraná está na vanguarda. A Coamo é a maior cooperativa da América Latina e o Governo do Estado vem aqui demonstrar o respeito que tem por Campo Mourão e pela região, trazendo a licença de instalação. Estamos provando que é possível crescer, se desenvolver, gerar emprego, renda, melhorar a vida das pessoas, cuidar e recuperar o meio ambiente”, ressaltou o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes.

 

A nova planta será construída no Parque Industrial da Coamo, às margens da BR 487. Atualmente, o complexo abriga nove plantas industriais voltadas principalmente para a alimentação humana e animal. Entre as instalações estão moinho de trigo, fiação de algodão, indústrias de margarinas e gorduras vegetais, entre outros.

 

De acordo com a cooperativa, serão criados 2.200 empregos diretos durante a construção da nova planta industrial, e outras 250 vagas quando estiver em operação. Segundo o presidente Executivo da Coamo, Airton Galinari, o objetivo é agregar valor à produção dos cooperados.

 

“Vamos esmagar 600 mil toneladas de milho ao ano, com produção de etanol, farelo de milho e óleo de milho. Para a comunidade é espetacular porque gera emprego perene, qualidade e traz desenvolvimento. É uma indústria que agrega valor. Não é mais apenas a venda de um cereal, mas sim um cereal transformado em um biocombustível e num farelo de alta proteína”, afirmou.

 

Texto e foto: reprodução/AENPR, com edição NH Notícias

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